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No "cassino do clima", não é inteligente apostar contra as leis da natureza. |
A frase que dá nome a este blog foi proferida por Jim Hansen, pesquisador senior da NASA, preso num protesto em frente à Casa Branca. Refere-se à necessidade de que os cientistas do clima comuniquem à sociedade seus conhecimentos pois estes se relacionam a questões cruciais para o futuro do gênero humano e da vida no planeta. O megafone da foto simboliza essa atitude de falar sobre o risco climático em voz alta, de forma enfática e com o maior alcance possível.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
Porque você nunca deve apostar contra um Cientista do Clima!
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Oceano azedo: há mais sobre o CO2 do que a mudança climática
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Maggi: um ruralista pra lá de Marrakech
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Ministro da Agricultura Blairo Maggi dando um tchauzinho para o clima. Foto: Estadão. |
Cadê o gelo que estava aqui?, parte II
um artigo mostrando que, apesar de não ter sido batido o recorde de degelo no verão do Ártico (a menor área coberta por gelo continua a ser aquela alcançada em 2012), desde que se tem registro a recuperação do gelo marinho nunca foi tão lenta. A tendência, como mostramos nesse artigo anterior, é nítida no sentido de estabelecimento de recordes negativos para a cobertura de gelo no inverno.
Só que a perda de gelo ao redor do polo norte não é exatamente novidade. Embora o processo esteja se dando de maneira bem mais acelerada do que indicado pelas primeiras projeções climáticas, com recordes negativos de cobertura de gelo e temperaturas até 20°C acima do normal, a tendência de redução da massa de gelo no Ártico (tanto o gelo marinho quanto o gelo do manto da Groenlândia quanto o permafrost) já vem se acelerando há pelo menos duas décadas. Novidade mesmo é que o gelo marinho ao redor da Antártica, que vinha apresentando uma tendência a se expandir nos últimos anos, está neste momento ocupando uma área muito abaixo do normal.
Só que a perda de gelo ao redor do polo norte não é exatamente novidade. Embora o processo esteja se dando de maneira bem mais acelerada do que indicado pelas primeiras projeções climáticas, com recordes negativos de cobertura de gelo e temperaturas até 20°C acima do normal, a tendência de redução da massa de gelo no Ártico (tanto o gelo marinho quanto o gelo do manto da Groenlândia quanto o permafrost) já vem se acelerando há pelo menos duas décadas. Novidade mesmo é que o gelo marinho ao redor da Antártica, que vinha apresentando uma tendência a se expandir nos últimos anos, está neste momento ocupando uma área muito abaixo do normal.
Novo estudo mostra: aquecimento global inibirá efeito resfriador de vulcões
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Estrutura vertical da atmosfera terrestre. Mais de 80% da massa da atmosfera se localiza na camada inferior (troposfera). Acima desta, localiza-se a estratosfera. |
quinta-feira, 10 de novembro de 2016
Efeito Estufa, Efeito Trump
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Dentre outros inúmeros absurdos, Trump defendeu o incentivo à exploração do carvão para "gerar empregos" |
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
Cadê o Gelo que Estava Aqui?
O Ártico, além de abrigar diversas espécies de outros animais, como o urso polar (Ursus maritimus) e a raposa-do-Ártico (Alopex lagopus), mostrada na foto ao lado, é também o lar de inúmeros povos e comunidades tradicionais. Há diversas mudanças em curso no clima global, incluindo mudança na frequência de eventos extremos como ondas de calor, secas, furacões. Algumas dessas mudanças são nítidas, mas talvez nenhuma seja tão dramática, rápida e visível quanto o que está acontecendo por lá.
terça-feira, 25 de outubro de 2016
Sobre os Graves Erros de Cowspiracy
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A indústria da carne produz enormes impactos ambientais e climáticos, mas, ao exagerá-los, Cowspiracy termina prestando um desserviço: confunde e desinforma. |
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
Apostar em futuras tecnologias de CCS: um erro que pode nos custar o próprio futuro.
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3 anos seguidos de quebra de recorde de temperatura global praticamente puseram fim ao negacionismo climático |
Posso estar enganado, mas parece estar acontecendo um certo deslocamento na cortina de fumaça em relação à crise climática. Estou sentindo que o negacionismo mais tradicional (e mais estúpido) está perdendo fôlego. Até porque não apenas as evidências científicas estão mais sólidas, mas elas têm revelado que o problema é bem mais grave. Pior do que isso, o aquecimento global deixou de ser algo reservado para um futuro distante, manifestações visíveis das mudanças climáticas já estão aí, desalojando e matando pessoas e produzindo prejuízos econômicos. De fato, com quebras de recordes sucessivos de temperatura média global em 2014, 2015 e agora - já dado como certo pelos principais climatologistas do mundo - em 2016, realmente é estranho alguém permanecer repetindo coisas tão malucas quanto "o planeta está resfriando", "o clima parou de aquecer em 1998", "vamos entrar em uma nova era glacial" e bobagens do gênero...
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
O dia 26 de agosto de 2016 será para sempre lembrado. Dica: tem a ver com o CO2.
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26 de agosto é aniversário do Palmeiras e de Madre Tereza. Mas a partir de 2016 ficará marcado por algo impressionante. |
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
Política energética nos EUA: Clima em Perigo
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EUA: canalha negacionista defensor do carvão versus candidata que aceita a Ciência do Clima mas mantém pesados compromis- sos com a indústria fóssil, especialmente do gás natural. E aí? |
A conjuntura em que se dá a disputa presidencial é crítica para o clima global, pois embora o Acordo de Paris seja claramente insuficiente para a solução da crise climática (o que foi exaustivamente demonstrado em nosso blog em uma série de artigos), o país o ratificou, juntamente com a China. Embora as mudanças climáticas estejam ficando praticamente de fora dos debates, a questão energética entrou como um dos tópicos do debate realizado agora há pouco. Infelizmente, o que o debate revelou nesse quesito é que temos muitos motivos para nos preocuparmos qualquer que seja o desfecho das eleições.
sábado, 8 de outubro de 2016
Recordes de temperatura literalmente de outro mundo.
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Gráfico gerado a partir dos dados de Marcott et al. (2013), adaptados por Tamino. Fonte: "Skeptical Science", no link: www.skepticalscience.com/marcott-hockey-stick-real-skepticism.html |
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
Um Nordeste mais árido: outro provável legado das mudanças climáticas
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Capa e verso do número mais recente da Revista Brasileira de Meteorologia, que inclui artigo sobre projeções de balanço hídrico sobre o Nordeste ao longo do século XXI. |
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
Clima não rima com lucro ou porque a crise climática não se resolveu em Paris
O artigo a seguir, de minha autoria, foi publicado recentemente no 11º número da revista "Socialismo e Liberdade", publicada pela Fundação Lauro Campos. A fundação é ligada ao PSOL, como uma espécie de "usina de ideias" para o partido, mas me agrada que ela se coloque para além disso e se pretenda "um fórum amplo dos que na sociedade brasileira se identificam com os valores do socialismo e da liberdade"
Como coloco no final do mesmo, é "estranho e lamentável que boa parte da esquerda não tenha acordado para a urgência e relevância da questão (climática)". No entanto, o fato de tal artigo ter aparecido no veículo pode ser um chama de esperança no sentido de que isso se reverta. Quem sabe?
Como coloco no final do mesmo, é "estranho e lamentável que boa parte da esquerda não tenha acordado para a urgência e relevância da questão (climática)". No entanto, o fato de tal artigo ter aparecido no veículo pode ser um chama de esperança no sentido de que isso se reverta. Quem sabe?
quinta-feira, 23 de junho de 2016
Porque somos contra o Incentivo Fiscal para Termelétricas no Ceará
aprovado no mês passado. É possível que a demora tenha efetivamente contribuído para que o projeto de nova termelétrica que estava inscrito no leilão de energia de 2016 não tenha mais aparecido na listagem de projetos habilitados. No entanto, como esta é uma batalha longa e o texto contém informações relevantes e links com mais informação, resolvemos trazê-lo para o blog. Até porque Fortaleza teve racionamento de água anunciado e é preciso manter o combate ao funcionamento dessas empresas sedentas, poluentes e emissoras no estado do Ceará, contexto em que movimentos sociais, como o "Ceará no Clima" devem oferecer resistência.
quarta-feira, 1 de junho de 2016
Uma Fratura no Clima
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O crescimento da demanda por gás na- tural, indevidamente defendido como um "mal menor" em relação aos outros combustíveis fósseis, tem levado à expansão do fracking mundo afora. |
segunda-feira, 25 de abril de 2016
Brasil: Leilão de Energia com Termelétricas contraria Acordo de Paris
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Num discurso impecável, DiCaprio defendeu que sejam rapidamente abandonadas as fontes fósseis de energia |
segunda-feira, 28 de março de 2016
Golpe mesmo é o Antropoceno!
Nas últimas semanas, a ebulição política no Brasil, com manifestações de rua, grampos nos telefonemas trocados entre Lula e Dilma, condução coercitiva do ex-presidente e processo de impeachment sobre a atual, documentos da Odebrecht incriminando meio mundo (Aécio, Cunha, Alckmin, Renan Calheiros e quem mais interessar possa), tem deixado pouco espaço para se discutir qualquer outra coisa. Afinal, o que pode ser mais importante do que uma crise política tão aguda, com desdobramentos quase imprevisíveis e que pode levar até a ameaças às liberdades democráticas com grupos fascistas ou similares se assanhando? Então... Acreditem... tem coisa bem mais relevante e bem mais perigosa. Os que quiserem saber do meu posicionamento político sobre a atual conjuntura brasileira, é fácil. Basta dar uma olhadinha em minhas páginas pessoais nas redes sociais. Mas aqui, o assunto, como vocês sabem, é clima. E na semana passada, dois artigos caíram como verdadeiras bombas, fazendo com que a crise climática, que já se sabia ser potencialmente muito perigosa, se revelasse muito pior, mais profunda, mais rápida: um na Nature Geoscience e outro, encabeçado por James Hansen na Atmospheric Chemistry and Physics. Os conteúdos são de arrepiar. Mostram que golpe mesmo é o Antropoceno. Mas antes de chegarmos lá, algumas considerações...
segunda-feira, 14 de março de 2016
50 Ilhas e 1 destino - Por Caio Almendra
Assim, a única causa de um país ir ao fim é a perda de soberania por perda de território. Até o século passado, isso só acontecia em uma situação: guerra. No final do século passado, outra situação foi aventada em Nauru. Nesse século, podemos ver outra situação acontecer em mais de 50 ilhas e três nações.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
E o clima? Por um verdadeiro debate sobre o pré-sal.
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Senador José Serra, autor do projeto que favorece as grandes corporações do ramo petroquímico e potencializa as emissões de CO2. |
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
Balanço da COP21. Parte III: Onde estão os recursos para resolver a crise climática?
Nos três textos anteriores de análise dos resultados da COP21 (aqui, aqui e aqui) mostrei que, apesar de o Acordo sinalizar como objetivo limitar o aquecimento global em níveis "bem inferiores a 2°C acima dos valores pré-industriais", existe uma incompatibilidade entre as orientações genéricas para os anos do pico de emissões e do "equilíbrio entre fontes e sumidouros" e este mesmo objetivo. O aparente senso de urgência expresso na parte introdutória do Acordo de Paris, não é materializado em medidas práticas à altura dessa mesma urgência. Como é impossível resolver a crise climática sem atingir o sistema econômico que a causou, fica claro que, do ponto de vista material, a generalidade nas metas pariu a timidez nas ações. Em particular, a mobilização de recursos e a política de transferência de tecnologias apresentados são de uma insuficiência gritante, mostrando que não pode haver maior inimigo do clima do que a proteção implícita dos interesses privados, dos privilégios e privilegiados, das corporações e dos países ricos.
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A "profundidade" do discurso da esquerda oficial em torno da exploração do pré-sal é inversamente proporcional à profundidade...