quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Zizero!

Žižek, indicando o quanto ele conhece sobre a crise
ecológica e as mudanças climáticas...
Não pretendo abrir uma ampla polêmica em torno da obra de Slavoj Žižek, o tão conhecido filósofo esloveno, que faz tanto sucesso nos corredores da esquerda nos dias de hoje. Confesso que não havia lido nenhum de seus livros até pouco tempo atrás e que apenas guardava pé atrás com o tratamento de astro pop dado a ele por tanta gente (nada estranho ao meu tradicional ceticismo de cientista).

Tudo começou, porém, quando divulguei a notícia de que o congresso da esquerda radical européia havia aprovado o Ecossocialismo como plataforma e, daí, ao comentar que isso era uma boa notícia, mas que a má notícia é que 43% do congresso havia votado contra, chamaram-me atenção para as posições de Žižek nesse terreno.



segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Supertufão Haiyan: dentro de cada nova tempestade violenta está o DNA da indústria de combustíveis fósseis e do capitalismo

Imagem de satélite mostrando o
disco terrestre e o tufão Haiyan
Este texto de minha autoria foi escrito originalmente em língua inglesa, e foi inicialmente publicado, em sua versão completa e em uma versão reduzida, em diversas páginas da internet dedicadas à luta contra a mudança climática e pelo ecossocialismo, incluindo, Campaign against Climate ChangeInternational Viewpoint, Socialist Resistance. Reproduzo-o agora em meu blog, 


No momento em que escrevia este artigo, nas Filipinas, a contagem dos mortos atingia 4000 pessoas e continuava a crescer [1], 12 dias após o Supertufão Haiyan (também chamado de "Yolanda") atingiu aquele país com o poderio de ventos sustentados de 310 km/h e rajadas que chegaram a 375 km/h. Ele foi classificado como de "Categoria 5", a classe das tempestades mais poderosas, usando a escala atualmente adotada para classificar furacões [2]. No entanto, com ventos tão fortes, se uma nova classe fosse adicionada à escala oficial, Haiyan certamente seria classificado como "Categoria 6". Ele foi reconhecido como uma das tempestades mais violentas a atingir assentamentos humanos em todos os tempos. Juntamente com os ventos intensos, a inundação provocada pela tempestade provocou imediatamente uma quantidade enorme de danos materiais e perda de vida. Muitas centenas de milhares de pessoas ficaram desabrigados; muitos foram transformados em órfãos/órfãs e viúvos/viúvas.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Entrevista ao "Letra P", da Argentina

Através de repressão violenta no dia do leilão do pré-sal, o
Governo Dilma fez valer a vontade das multinacionais do
setor petroquímico.
Concedi, recentemente, entrevista ao "letra P", importante portal de notícias da Argentina, através do companheiro Bruno Bimbi, que nele publica. O original da entrevista, em espanhol, pode ser encontrado neste link. Na entrevista, abordo a gravidade da questão dos leilões do petróleo no Brasil e sua ligação com as questões ambiental e climática.

1) Você poderia explicar o que foi exatamente que o governo Dilma fez com as reservas do pré-sal?

O governo Dilma colocou a leilão a exploração do Campo de Libra, uma das maiores reservas petrolíferas do mundo, estimada em 8 a 12 bilhões de barris de petróleo. O leilão levou à conformação de um único consórcio, envolvendo, além da Petrobrás, duas estatais chinesas e duas gigantes europeias do ramo do petróleo, Shell (anglo-holandesa) e Total (francesa). Vergonhosamente arrebatado pelo preço mínimo, o direito à exploração do referido campo se dará com a Petrobrás como minoritária (40% da cota, apenas 10% acima da proporção mínima prevista em lei), com 20% para as estatais chinesas e os outros 40% igualmente divididas entre as gigantes europeias.

Copo "meio cheio" não salva uma casa em chamas

Alok Sharma, presidente da COP26, teve de conter as lágrimas no anúncio do texto final da Conferência, com recuo em tópicos essenciais "...

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