quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Sobre o pré-sal, o Greenpeace e a "esquerda elitista". Uma crítica às posições de Igor Fuser.

A "profundidade" do discurso da esquerda
oficial em torno da exploração do pré-sal é
inversamente proporcional à profundidade
física da própria camada..
Anteontem, no Brasil de Fato, Igor Fuser publicou um texto que se propõe a ser uma "crítica séria" a Ana Paula, militante do Greenpeace, que, em seu retorno ao Brasil, após bravamente enfrentar a Gazprom, a gigante fóssil russa que deseja explorar gás e petróleo no Ártico, e o governo Putin, que a manteve detida, defendeu a não-exploração do petróleo do pré-sal.

É preciso que a riqueza chegue às mãos e às casas de muitos milhões de pobres mundo afora. Isso é fato. Centenas de milhões de pessoas mundo afora vivem muito, mas muito longe de um limiar mínimo de dignidade e é, evidentemente, necessário que infraestrutura material de saneamento, mobilidade, comunicação, etc. se faça disponível a todos os assentamentos humanos que a desejarem.

Mas a premissa de Fuser de que "negar ou diluir a dimensão social dos recursos naturais em países periféricos, como o Brasil, é incorrer num elitismo imperdoável" é flagrantemente falsa.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Os novos revolucionários: Cientistas do clima exigem mudança radical (por Renfrey Clarke)

Traduzo este texto, originalmente publicado na revista online "Climate and Capitalism", no último dia 09/01. Trata-se de um artigo muito interessante, que mostra até onde podem chegar conclusões baseadas essencialmente na Ciência do Clima e no balanço de carbono. Evidentemente, concluir que existe um antagonismo entre a manutenção do equilíbrio do clima global e a permanência dos sistemas planetários de suporte à vida (humana, inclusive) e o modo de produção capitalista amplifica as vozes de contestação ao sistema. Mesmo antes dessa posição surgir mais claramente e crescer, a oposição ao uso de combustíveis fósseis já explica em si muito dos ataques sistematicamente lançados por esta aos cientistas. Pelo visto, esse acirramento do conflito entre ciência e status quo tende a crescer quantos mais forem os cientistas dispostos a se posicionarem como descrito neste artigo. Fica o convite à leitura.
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Copo "meio cheio" não salva uma casa em chamas

Alok Sharma, presidente da COP26, teve de conter as lágrimas no anúncio do texto final da Conferência, com recuo em tópicos essenciais "...

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