neste link). A expectativa de trabalhos como esse, claro, era o de subsidiar a implantação de fontes de energia renováveis em nossa região, mas...
A frase que dá nome a este blog foi proferida por Jim Hansen, pesquisador senior da NASA, preso num protesto em frente à Casa Branca. Refere-se à necessidade de que os cientistas do clima comuniquem à sociedade seus conhecimentos pois estes se relacionam a questões cruciais para o futuro do gênero humano e da vida no planeta. O megafone da foto simboliza essa atitude de falar sobre o risco climático em voz alta, de forma enfática e com o maior alcance possível.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Publicado pelo OPOVO: "Não basta banho curto, nem reza para São Pedro"
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Em intervenção realizada na Praça do Ferreira, promovida pelo Fórum aberto "Ceará no Clima". |
Para entender melhor o contexto, recomendo a leitura de duas outras publicações do mesmo veículo de comunicação: a primeira, artigo assinado pelo vereador de Fortaleza Acrísio Sena; a segunda, matéria do próprio jornal, em que Camilo Santana, governador eleito do estado do Ceará, declara seu apoio (e, portanto, provável continuidade) à política de recursos hídricos de seu antecessor, Cid Gomes, perdendo-se, porém, no populismo, ao revelar rezar diariamente para São Pedro para que caiam chuvas sobre o estado.
Segue o artigo:
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sábado, 6 de dezembro de 2014
Quinze 2.0: Reservatórios cearenses continuam a secar
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Imagem de satélite, destacando a Zona de Convergência Intertropical, que, quando posicionada mais ao sul, produz chuvas sobre o norte do Nordeste Brasileiro. |
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Acordo bilateral EUA-China: Porque é preciso ir (muito) mais fundo/
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Maiores emissores de CO2, EUA e China celebrara um acordo bilateral. Qual o significado disso para o clima? |
Não acho que tal acordo seja suficiente para resolver a crise climática. Longe disso.
Também não acho que ele signifique o início de uma ampla tomada de consciência pelos governos mundiais. Antes me parece uma tentativa dos dois maiores emissores de garantir seu protagonismo, numa "solução controlada" para a crise, em que geopolítica e economia globais permaneçam sob controle, mas que de modo algum é suficiente para evitar que o sistema climático saia de controle.
Mas ao mesmo tempo não creio que ele seja algo a se desprezar. Ao ensaiar medidas que fogem à regra do "business-as-usual" (vulgarmente conhecido como "tô nem aí"), esse acordo pode abrir o flanco para que a pressão conjunta do movimento ambientalista, de povos originários e comunidades tradicionais, de países insulares e países pobres mais atingidos (agora e/ou potencialmente no futuro) e da comunidade científica e acadêmica ganhe mais impulso e mobilizações como a marcha dos 400 mil em Nova Iorque se multipliquem.
Segue a entrevista:
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Brasil Seco: o que a Superinteressante não mostrou. Parte II - A Entrevista de Deborah Danowski
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Professora Deborah Danowski, do De- partamento de Filosofia da PUC-RJ |
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Corporações petroquímicas versus Países. Quem manda em quem?

As petroquímicas, ramo predominante nessa lista, são um caso a parte, pois está claro e evidente o quão destrutivo, danoso, nocivo, deletério é o nseu egócio. Explorar petróleo, com vazamentos e outros acidentes devastadores e, principalmente, com a desestabilização do sistema climático terrestre é algo que já deveria fazer parte do passado da humanidade.
Brasil Seco: o que a Superinteressante mostrou... e o que ela não mostrou.
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O terceiro chimpanzé está assando o planeta |
Como tento fazer na maioria dos casos, ainda que isso me renda um bocado de trabalho, preferi responder por escrito. Os jornalistas, mesmo os mais competentes, de mais boa fé e compromisso com a boa informação, vivem sob forte pressão produtivista e, claro, não se pode exigir deles pleno domínio da temática do clima. A resposta escrita reduz as dificuldades impostas por essas barreiras e, via de regra, garante um repasse mais fidedigno de informação. Fica, portanto, o convite para acessar o link acima e ver o que a Super mostrou, bem como a ler a entrevista completa abaixo e ver o que ela não mostrou.
domingo, 30 de novembro de 2014
Por uma Revolução Energética
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Imagem de intervenção feita em uma das principais praças de Fortaleza, para debater sobre crise hídrica, mudanças climáticas e questão energética. |
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Nossas vidas valem mais do que os seus lucros!
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Marcha com quase 400 mil pessoas em Nova Iorque, com forte protagonismo dos povos indígenas, pode ser o novo tom de uma mobilização global em defesa do clima. |
(Declaração da Rede
Internacional Ecossocialista frente a COP20 em Lima, Peru, Dezembro de 2014)
" A crise climática iminente que enfrentamos hoje é uma grave
ameaça para a preservação da vida no planeta. Muitos estudos acadêmicos e declarações
políticas confirmam a fragilidade da vida na Terra em função da mudança de
temperatura. Apenas alguns graus podem causar - e estão a causar - uma
catástrofe ecológica de consequências incalculáveis. Agora mesmo estamos experimentando
os efeitos mortais desta situação. O derretimento do gelo, a contaminação da
atmosfera, o aumento do níveis do mar, a desertificação e aumento da
intensidade dos fenômenos meteorológicos são a prova.
terça-feira, 18 de novembro de 2014
Pena Branca e a Velha a Fiar
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Cena de "A Velha a Fiar", curta-metragem de 1964 |
A "Velha a Fiar" é uma canção popular, que inspirou um curta-metragem brasileiro de 1964 com direção de Humberto Mauro, tendo como trilha a canção, interpretada pelo Trio Irakitan.
Começando por uma interação simples, entre a velha senhora e uma mosca, que lhe tira o sossego, a música segue - de certa forma até irritante - concatenando outros elementos: a aranha, que importuna a mosca; o rato, que incomoda a aranha etc.
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
O Quinze 2.0? Ataque da Hidra Ilógica sobre o Ceará
"(...) E se não fosse uma raiz de mucunã arrancada aqui e além, ou alguma batata-branca que a seca ensina a comer, teriam ficado todos pelo caminho, nessas estradas de barro ruivo, semeado de pedras, por onde eles trotavam trôpegos se arrastando e gemendo (...)"
(Rachel de Queiroz, em "O Quinze")
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Açude Pentecoste, de grande porte, que abastece a cidade de mesmo nome e no qual a pesca era abundante hoje está com apenas 1,7% da capacidade (dado do Portal Hidrológico do Estado do Ceará) e operando no volume morto. |
domingo, 16 de novembro de 2014
Eduardo Viveiros contra o Negacionismo e o "Indiferentismo", em Defesa da Ciência do Clima

sábado, 8 de novembro de 2014
Tacloban, um ano depois
Há um ano atrás, ventos de mais de 300 km/h, as chuvas torrenciais e uma brutal "onda (ou maré) de tempestade" de 4 metros (quantidade enorme de água arrastada pelos ventos de grandes tormentas para dentro do continente) punha abaixo uma cidade de mais de 200 mil habitantes, capital de uma das províncias das Filipinas: Leyte, na ilha de mesmo nome. Foram 6201 mortos na tragédia.
O governo local ficou desestruturado e incapaz de agir, sem local de funcionamento, em meio a uma cidade sem energia elétrica, sem comunicações, sem serviço de água ou esgoto e com cadáveres espalhados por toda parte. Após um sobrevoo, um militar dos EUA descreveu, em choque: "não consigo encontrar uma única estrutura da cidade, um único prédio, uma única casa, que não tenha sido, quando não completamente destruída, pelo menos severamente danificada".
O governo local ficou desestruturado e incapaz de agir, sem local de funcionamento, em meio a uma cidade sem energia elétrica, sem comunicações, sem serviço de água ou esgoto e com cadáveres espalhados por toda parte. Após um sobrevoo, um militar dos EUA descreveu, em choque: "não consigo encontrar uma única estrutura da cidade, um único prédio, uma única casa, que não tenha sido, quando não completamente destruída, pelo menos severamente danificada".
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Viagem ao Mundo de 400 ppm
Scripps e no site da NOAA) estão a cada dia com "cara mais feia". A medida diária recorde ainda é de 01/05/2014: 403,1 partes por milhão (ppm), mas tem tudo para ser batido. Também deve ser superada a média mensal de Abril (401,3 ppm), já que a média mensal de CO2 neste mês de Maio será, com certeza, novo recorde, provavelmente acima de 402,5 ppm. É quase certo também que, este ano, teremos 3 meses com concentração de CO2 acima de 400 ppm, pois o mês de Junho deve fechar com algo em torno de 401,5 ppm (em Abril, já tivemos média de 401,3 ppm).
Em Julho, seguindo o ciclo anual, essa concentração deve descer abaixo de 400 ppm, para fechar, ao fim de 2014, numa média anual recorde próximo a 399 ppm (ou até acima!). 2015, assim, deverá ser o primeiro ano para o qual a média deverá superar 400 ppm.
Em Julho, seguindo o ciclo anual, essa concentração deve descer abaixo de 400 ppm, para fechar, ao fim de 2014, numa média anual recorde próximo a 399 ppm (ou até acima!). 2015, assim, deverá ser o primeiro ano para o qual a média deverá superar 400 ppm.
sábado, 12 de abril de 2014
Não à rendição! Nem geoengenharia, nem nuclear, nem transgênicos!
Energia Nuclear? Não, obrigado!
Recentemente, James Hansen, cientista líder nas pesquisas sobre mudança no clima e ativista climático que inspirou a frase que dá nome a este blog fez, lamentavelmente, uma movimentação de defesa da "energia nuclear segura", como via para salvar o clima global da desestabilização que inevitavelmente emergerá como resultado da continuidade da queima de combustíveis fósseis como principal fonte energética. Com isso, ele se une a outras vozes proeminentes, como James Lovelock que, partindo da premissa correta de que "a mudança climática é o maior perigo que a humanidade já vivenciou", conclui erroneamente que ela "tem de usar a energia nuclear", na sua opinião a "única fonte de energia segura disponível". Ora, ainda que a estratégia de saída da crise climática possa criar dificuldades para a rápida abolição do uso da fissão nuclear, é evidente que a expansão desse setor é algo simplesmente inaceitável. Infelizmente, porém, o falso "verde criptonita" da energia nuclear está longe de ser a única falsa alternativa tecnológica com poder de sedução sobre a comunidade científica, incluindo alguns de seus mais proeminentes representantes.
segunda-feira, 7 de abril de 2014
Pulgas "marxistas" ou Pé de Dragão Verde?
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Semeando o quê, barbudo? |
Do que conheço da abordagem devida da obra de Marx e de outros pensadores e pensadoras da transformação social e da revolução, a perspectiva é (ou deveria ser) sempre a de abordagem crítica, viva, atual. Como na Física, em que se superou a Mecânica Newtoniana por uma teoria mais ampla (que não a invalida, mas a generaliza) e a Relatividade de Einstein veio apoiada em novas informações de realidade (o Eletromagnetismo de Maxwell, o experimento de Michelson-Morley, os trabalhos de Lorentz e Poincaré), eu não concebo como as pessoas pretendam, em pleno século XXI, achar todas as soluções em textos da Alemanha do século XIX (por mais universalistas que se tenham pretendido) ou, muito menos, da Rússia de 1917 (estes, mais ainda, preocupados com respostas concretas e práticas e muitas vezes contaminados pela pressa e/ou pelo pragmatismo).
quinta-feira, 3 de abril de 2014
IPCC reconhece desigualdade como chave para o risco climático. Mas é preciso ir muito além.
No ano passado, o Painel Intergovernamental sobre Mudança
Climática (o IPCC, da sigla em inglês) deu início à divulgação do seu 5º
Relatório de Avaliação (ou AR5), começando pelo trabalho do “Grupo I”, que
trata das bases físicas da mudança no clima. Esta semana, essa divulgação teve
continuidade, com a publicação do Sumário dos trabalhos do “Grupo II”, que lida
com “impactos, adaptação e vulnerabilidade”.
É comum a esquerda negligenciar esta
temática. Mas isso é um grave erro. Entendemos que é central buscar respostas à
questão da crise ecológica em geral (e da crise climática em particular); é
crucial para os pobres, os trabalhadores do campo e da cidade, os indígenas, enfim, para os oprimidos e explorados no século XXI. Afinal, a luta por evitar um
desfecho catastrófico para essa crise engendrada pelo capitalismo é a luta para
salvaguardar as condições materiais para sobrevivência, com dignidade, do
gênero humano.
segunda-feira, 31 de março de 2014
Impactos das Mudanças Climáticas: entra em cena o WG-II do IPCC
Para os que ainda não são familiares com a estrutura e funcionamento do Painel Intergovernamental sobe Mudanças Climáticas, o IPCC, lembro que ele inclui três grupos, que lidam respectivamente com as "Bases Físicas da Mudança Climática" (o WG-I, ou 1º grupo), "Impactos, Vulnerabilidade e Adaptação" (o WG-II, ou 2º grupo) e com Mitigação, ou seja, soluções para reduzir as emissões e diminuir o peso dos impactos sobre a sociedade (o WG-III, ou 3º grupo). Esta noite passada (em horário brasileiro), foi divulgado, no Japão, o texto final do "sumário para formuladores de políticas" do WG-II (ou "2º grupo de trabalho") do Painel.
quinta-feira, 27 de março de 2014
De 400 ppm a Amarildo
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Família de Amarildo Dias e Sousa |
14 de julho de 2013: Amarildo Dias de Sousa, brasileiro, ajudante de pedreiro, casado com Elizabeth Gomes da Silva, pai de seis filhos, desaparece, após ser detido pela PM na Favela da Rocinha.
Como dois fatos tão distintos e aparentemente desconexos na verdade se articulam?
quarta-feira, 26 de março de 2014
Clima não rima com lucro: da Especulação Financeira à Especulação com o Sistema Terra.
O negacionismo climático tem em comum com a lógica do mercado financeiro muito mais do que simplesmente a defesa da continuidade dos combustíveis fósseis ou o vínculo em geral facilmente identificado com a direita organizada. Envolve também uma perspectiva irresponsável, um comportamento de risco e uma linha de raciocínio de que o "estrago", em acontecendo o pior, pode ser repassado adiante, seja aos trabalhadores (que arcam sempre com o ônus de bancos "socorridos" pelo Estado ou de "bolhas" financeiras estouradas), seja às gerações futuras (a quem caberá desatar o nó da crise climática segundo os negacionistas quando estes fazem concessão, por um minuto, de sua farsa e admitem que a mudança no clima pode vir a provocar catástrofes).
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Sobre o pré-sal, o Greenpeace e a "esquerda elitista". Uma crítica às posições de Igor Fuser.
A "profundidade" do discurso da esquerda oficial em torno da exploração do pré-sal é inversamente proporcional à profundidade física da própria camada.. |
É preciso que a riqueza chegue às mãos e às casas de muitos milhões de pobres mundo afora. Isso é fato. Centenas de milhões de pessoas mundo afora vivem muito, mas muito longe de um limiar mínimo de dignidade e é, evidentemente, necessário que infraestrutura material de saneamento, mobilidade, comunicação, etc. se faça disponível a todos os assentamentos humanos que a desejarem.
Mas a premissa de Fuser de que "negar ou diluir a dimensão social dos recursos naturais em países periféricos, como o Brasil, é incorrer num elitismo imperdoável" é flagrantemente falsa.
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Os novos revolucionários: Cientistas do clima exigem mudança radical (por Renfrey Clarke)

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