Estamos quase às vésperas da divulgação da primeira parte do 5º Relatório do IPCC, provavelmente o mais extenso esforço coletivo já visto por parte de especialistas de qualquer ramo científico.
Antes dele, será divulgado o 1º Relatório do PBMC, o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, inspirado no IPCC. Tenho orgulho de, voluntariamente, ter contribuído como autor na elaboração desse documento.
As conclusões de tais documentos são muito sérias. Na figura de linguagem colocada por Rajendra Pachauri, estamos a 5 minutos de uma meia-noite climática. Estamos muito provavelmente bastante próximos de pontos perigosos de não-retorno.
A Ciência do Clima é clara, como já expus em diversos textos em meu blog, que ultrapassou 30 mil visitas. O planeta está aquecendo a uma taxa acelerada, em função de uma forçante 17 vezes maior do que aquela que atuava no encerramento da última era glacial há pouco mais de 10 mil anos. Por mais que se haja buscado, não há absolutamente nenhuma outra causa plausível que não o acúmulo de gases de efeito estufa, particularmente CO2, na atmosfera terrestre. E este acúmulo se deve às atividades humanas, particularmente as emissões de combustíveis fósseis.
O que mais me indigna em tal quadro é que essas emissões não vêm de "humanos" em geral. Historicamente estão associadas ao consumo perdulário e predatório dos mais ricos e intrinsecamente ligadas à acumulação capitalista que engendrou uma plutocracia mundial materializada no entrelaçamento da indústria de combustíveis fósseis (principal fonte energética para a roda produtivista) com o capital financeiro. Ao passo que os impactos da mudança no clima recaem sobre os mais vulneráveis, ou melhor, vulnerabilizados. Os mais pobres, os pequenos agricultores, os povos indígenas e demais comunidades tradicionais, os pequenos países insulares.
É aí que realmente se mostra absolutamente nefasto o papel cumprido pelos negacionistas climáticos. A vaidade de alguns, a irresponsabilidade de outros e a vilania aberta dos que operam sob financiamento do lobby petroquímico, do agronegócio etc., tem composto uma fumaça espessa e venenosa que cega e confunde a opinião pública, paralisa a sociedade, bloqueia as ações necessárias e condena o futuro.
Algo precisa ser feito.
Logo.
Para a história, serão como 5 minutos, não mais do que 5 minutos.
Antes dele, será divulgado o 1º Relatório do PBMC, o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, inspirado no IPCC. Tenho orgulho de, voluntariamente, ter contribuído como autor na elaboração desse documento.
As conclusões de tais documentos são muito sérias. Na figura de linguagem colocada por Rajendra Pachauri, estamos a 5 minutos de uma meia-noite climática. Estamos muito provavelmente bastante próximos de pontos perigosos de não-retorno.
Dr. Rajendra Pachauri, "chairman" do IPCC |
O que mais me indigna em tal quadro é que essas emissões não vêm de "humanos" em geral. Historicamente estão associadas ao consumo perdulário e predatório dos mais ricos e intrinsecamente ligadas à acumulação capitalista que engendrou uma plutocracia mundial materializada no entrelaçamento da indústria de combustíveis fósseis (principal fonte energética para a roda produtivista) com o capital financeiro. Ao passo que os impactos da mudança no clima recaem sobre os mais vulneráveis, ou melhor, vulnerabilizados. Os mais pobres, os pequenos agricultores, os povos indígenas e demais comunidades tradicionais, os pequenos países insulares.
É aí que realmente se mostra absolutamente nefasto o papel cumprido pelos negacionistas climáticos. A vaidade de alguns, a irresponsabilidade de outros e a vilania aberta dos que operam sob financiamento do lobby petroquímico, do agronegócio etc., tem composto uma fumaça espessa e venenosa que cega e confunde a opinião pública, paralisa a sociedade, bloqueia as ações necessárias e condena o futuro.
Algo precisa ser feito.
Logo.
Para a história, serão como 5 minutos, não mais do que 5 minutos.
Excelente texto!
ResponderExcluirObrigado, meu irmão e parceiro.
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