Há 6 anos, Donald Trump usava a sua rede social favorita, o Twitter, para expor toda sua ignorância a respeito da questão climática, ao afirmar que "o conceito do aquecimento global" teria sido "criado pelos chineses" para prejudicar a economia dos EUA. Naquele momento, mal imaginávamos que ele chegaria à presidência dos EUA e, coerente com esse ponto de vista bizarro, retiraria seu país do acordo global sobre o clima celebrado em Paris, em 2015. Muito menos imaginaríamos, porém, que dois anos depois seria a vez do Brasil de não apenas eleger um presidente de extrema-direita como que esse presidente eleito anunciaria um negacionista climático para as Relações Exteriores do Brasil.
A frase que dá nome a este blog foi proferida por Jim Hansen, pesquisador senior da NASA, preso num protesto em frente à Casa Branca. Refere-se à necessidade de que os cientistas do clima comuniquem à sociedade seus conhecimentos pois estes se relacionam a questões cruciais para o futuro do gênero humano e da vida no planeta. O megafone da foto simboliza essa atitude de falar sobre o risco climático em voz alta, de forma enfática e com o maior alcance possível.
sexta-feira, 16 de novembro de 2018
segunda-feira, 5 de novembro de 2018
A "Prosperidade" como Inimiga do Clima
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A casa do Sr. Carbono |
sábado, 23 de junho de 2018
3 Décadas de Inoperância que Podem Custar a Civilização
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James Hansen, um dos pioneiros dos estudos de mudanças climáticas, prestando depoimento ao Congresso dos EUA há 30 anos. De lá para cá, as condições se agravaram de maneira bastante acelerada. |
sábado, 16 de junho de 2018
O Capital quer lucrar duas vezes ao declarar guerra ao clima. E nós?
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Aleppo, Síria. Na lógica do capital, existe "oportunidade" de lucrar duas vezes com a guerra. A cada prédio destruído, a cada prédio reconstruído. |
terça-feira, 3 de abril de 2018
O ninho do Antropoceno e os ovos do fascismo
20 dias após a execução brutal de Marielle Franco, a ferida aberta na sociedade brasileira se recusa a fechar. Pelo contrário, sangra mais e mais. E a deterioração da situação política no País não para de se agravar, com ataque a tiros à caravana de Lula no Sul, com um general da reserva chantageando abertamente o STF e o país inteiro, com ameaça de golpe militar a depender do posicionamento da corte, com um bufão com posições abertamente fascistas despertando simpatia de 1/5 ou mais do eleitorado. Neste cenário, mesmo pessoas próximas, sensíveis às ditas "causas ambientais" ou à "pauta ecossocialista" questionam "como falar de mudanças climáticas em tais condições?" ou "não seria o caso de deixar um pouco de lado essas bandeiras ambientais?" ou, pior, se colocam aberta ou veladamente na linha de considerar tudo isso como algo "secundário", senão a priori, pelo menos na atual conjuntura. Mas será que essa linha de raciocínio está correta?
sexta-feira, 9 de março de 2018
Aquecimento Global como Argumento para Privatizar a Petrobrás: Sobre a lógica às avessas de Elena Landau
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Apelidada de "rainha das privatizações", Elena Landau não nega o aquecimento global. Apenas defende uma política econômica que o agravará! |
quarta-feira, 7 de março de 2018
A Ficha Vai Ter de Cair
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O famoso "cartoon" de Laerte: mais atual do que nunca! |
Publicação desta semana na Nature aponta ainda mais nitidamente para uma dura realidade. Os cenários para 1,5°C demandam: abandono rápido das fontes fósseis, remoção de CO2 atmosférico *E*, pelo menos contenção do crescimento da demanda energética, o que inevitavelmente impõe "mudanças nos padrões de consumo".
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018
Clive Hamilton no Guardian: "O grande silêncio climático: estamos no limite do abismo, mas ignoramos"
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"Como podemos entender o miserável fracasso do pensamento contemporâneo em enfrentar o que agora nos confronta?" Fotografia: Piyal Adhikary / EPA |
O grande silêncio climático: estamos no limite do abismo, mas ignoramos
Clive HamiltonContinuamos planejando o futuro como se os cientistas do clima não existissem. A maior vergonha é a ausência de um sentimento de tragédia.
Após cerca de 200 mil anos da existência dos humanos modernos em uma Terra de 4,5 bilhões de anos, chegamos a um novo ponto da história: o Antropoceno. A mudança veio sobre nós com velocidade desorientadora. É o tipo de mudança que geralmente leva duas, três ou quatro gerações para ser assimilada.quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018
A Bioenergia com Captura de Carbono (BECCS) poderá nos salvar?
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
Cadê o aquecimento global? Parte I - Frio nos EUA
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Para sermos mais precisos, se a esmagadora maioria de especia- listas em clima nas universidades e institutos de pesquisa ou meia dúzia de pessoas mal informadas ou com extrema má fé... |
quinta-feira, 11 de janeiro de 2018
Brasil na contramão: enquanto a temperatura sobe, a broca de perfuração desce.
(Adaptação de artigo publicado na NACLA/Report of the Americas)
Link para o original: http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/10714839.2017.1409018
A ciência é nítida: o clima está aquecendo como resultado da acumulação de gases de efeito estufa na atmosfera, em particular o dióxido de carbono, mas também o metano, o óxido nitroso e os halocarbonetos. A fonte desse desequilíbrio químico é, em geral, antrópica, especialmente devido ao consumo e uso de combustíveis fósseis, como o carvão, o petróleo e o gás natural. O grande volume de evidências sobre o aquecimento global vem de um conjunto abrangente de observações, incluindo não apenas medidas da temperatura da superfície, mas também medições do ar superior e estimativas do satélite. Estas evidências são altamente consistente com as observações de outros fatores do sistema climático, incluindo o aumento do nível do mar, a perda de gelo marinho e o recuo das geleiras, a acumulação de calor e a acidificação nos oceanos mundiais e mudanças em uma grande quantidade de ciclos biogeoquímicos complexos. Os recordes consecutivos de temperaturas da superfície média global em 2014, 2015 e 2016 não são, portanto, coincidências. E 2017, mesmo sem El Niño, encerrou essencialmente empatado com 2015, apenas um décimo de grau abaixo de 2016.
Link para o original: http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/10714839.2017.1409018
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Artigo publicado na revista NACLA (Report of the Americas) |
quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
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Copo "meio cheio" não salva uma casa em chamas
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