terça-feira, 3 de abril de 2018

O ninho do Antropoceno e os ovos do fascismo

20 dias após a execução brutal de Marielle Franco, a ferida aberta na sociedade brasileira se recusa a fechar. Pelo contrário, sangra mais e mais. E a deterioração da situação política no País não para de se agravar, com ataque a tiros à caravana de Lula no Sul, com um general da reserva chantageando abertamente o STF e o país inteiro, com ameaça de golpe militar a depender do posicionamento da corte, com um bufão com posições abertamente fascistas despertando simpatia de 1/5 ou mais do eleitorado. Neste cenário, mesmo pessoas próximas, sensíveis às ditas "causas ambientais" ou à "pauta ecossocialista" questionam "como falar de mudanças climáticas em tais condições?" ou "não seria o caso de deixar um pouco de lado essas bandeiras ambientais?" ou, pior, se colocam aberta ou veladamente na linha de considerar tudo isso como algo "secundário", senão a priori, pelo menos na atual conjuntura. Mas será que essa linha de raciocínio está correta?

Copo "meio cheio" não salva uma casa em chamas

Alok Sharma, presidente da COP26, teve de conter as lágrimas no anúncio do texto final da Conferência, com recuo em tópicos essenciais "...

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