segunda-feira, 13 de maio de 2013

Defender o Sistema Climático Terrestre implica em combater a Privatização do Petróleo

A grande notícia global da semana passada foi que o limite de 400 ppm de CO2 atmosférico foi atingido, graças à incessante queima de carvão, petróleo e gás. É um momento adequado para lembrar que somente 1/5 das reservas fósseis pode ser extraída sem que ultrapassemos o já perigoso patamar de 450 ppm. Também para lembrar que já hoje e para além desse limite climático, extração e transporte de óleo em mares profundos, florestas, envolve riscos ambientais cada vez maiores. Desastre global e desastres locais se combinam e se misturam numa única agressão ao sistema terrestre.

Algo que deveria ser a grande manchete nacional, mas é convenientemente escondido pela mídia, é o retorno à cena da privatização do petróleo no Brasil. E em "grande estilo", com uma rodada de licitação gigantesca, sendo leiloados 289 blocos, que equivalem a 155,8 mil quilômetros quadrados de área distribuídos por 11 bacias (166 estão no mar, sendo 94 em águas profundas e 72 em águas rasas, enquanto os restantes 123 estão em terra). Isto é quase o dobro do número de blocos colocados a leilão durante o Governo de Fernando Henrique Cardoso (154) e, estima-se, equivale a nada menos do que 30 bilhões de barris de petróleo, duas vezes as reservas controladas pela Petrobrás.

sábado, 11 de maio de 2013

Trezentos, quatrocentos, quinhentos...


O dia 09 de Maio de 2013 estabeleceu um
marco histórico, ao termos, pela primeira
vez, uma média diária de concentração de
 CO2 acima de 400 ppm. As perguntas agora
serão sobre quando teremos a primeira semana,
o primeiro mês e o primeiro ano da história
com concentração média acima de 400 ppm. 
9 de Maio de 2013: os instrumentos do observatório de MaunaLoa registraram, pela primeira vez desde que as medidas se iniciaram, uma média diária de concentração de dióxido de carbono (CO2) acima de 400partes por milhão (ppm). O valor foi excedido em apenas 3 centésimos de ppm (a média diária registrada foi 400,03), o que evidentemente, do ponto de vista físico, não faz nenhuma diferença, por exemplo, em relação a 399,99. Também é preciso dizer que, em virtude do ciclo anual da vegetação no Hemisfério Norte, é em Maio que as concentrações de CO2 atingem seu pico e certamente uma média anual de 400 ppm talvez ainda requeira 3 anos para se configurar. O valor do dia 09/05/2013 é suficiente, porém, para servir de marco simbólico.

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Alok Sharma, presidente da COP26, teve de conter as lágrimas no anúncio do texto final da Conferência, com recuo em tópicos essenciais "...

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