sábado, 9 de fevereiro de 2013

Clima: aos poucos, deixando de ser tema abstrato?

Pelo visto, aos poucos, a discussão sobre o clima vai ganhando espaço na sociedade. Infelizmente ainda é muito aquém do necessário no que diz respeito a alertar e mobilizar a opinião pública, mas sugere que, ao contrário dos que possam achar que se trata de temática muito abstrata, as mudanças climáticas aparentemente vão se tornando um tema cada vez mais palpável.


Evidentemente, isto se deve ao entrelaçamento da questão climática com outras, com as quais guarda relações de causa-efeito. Entre estes, destacam-se desde as temáticas de água e agricultura, cujos vínculos com as mudanças climáticas são óbvios, até outros menos evidentes, como as questões de etnia e de gênero.

Mas ultimamente, no Brasil, até porque a questão energética veio à tona (via presença de Dilma em rede nacional) é a vinculação fundamental clima-energia que tem ganho destaque.

Para debater sobre este tema, fui convidado, ao lado do economista Célio Melo, pela TV Unifor, para participar do "Unifor 180 graus", após participações em dois programas de rádio neste mês de Janeiro. 

A edição, infelizmente, levou a cortes importantes (a distinção que fiz entre ceticismo e negação, a parte em que dei nome aos bois, enumerando as principais corporações do ramo fóssil - Shell, Exxon, BP, Chevron, etc. - e o momento em que discuti a impossibilidade de crescimento ad infinitum da economia), mas ainda assim, especialmente na terceira parte (que reproduzo a seguir), creio que os aspectos fundamentais da mensagem foram passados.

Um comentário:

  1. Parabéns à Unifor por dar esse tipo de espaço, tão raro na TV.

    Comentando atrasado a respeito da redução da tarifa pela Dilma: é medida bastante popular, mas na atual conjuntura é tiro no pé. Do ponto de vista do crescimento econômico, desestimula novos investimentos na matriz energética. Do ponto de vista ambiental, desestimula as medidas de eficiência no consumo. Meu palpite é que vão ter que voltar atrás nessa tarifa dentro de poucos anos.

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